Com a saída de Milton Ribeiro, o governo Bolsonaro já teve quatro ministros da Educação. Levando em consideração a quinta nomeação, dá a média de um ministro a cada 237 dias. O ano letivo no Brasil é 200 dias.
O agora ex-ministro da Educação divulgou uma carta com seu pedido de demissão nesta segunda-feira (28), após ser acusado de favorecer dois pastores na alocação de verbas da pasta. Ribeiro, que também é pastor, é suspeito de ter permitido que seus colegas agissem fazendo lobby junto às prefeituras para construção de creches e reformas de escolas.
“Decidi solicitar ao Presidente Bolsonaro a minha exoneração do cargo, com a finalidade de que não paire nenhuma incerteza sobre a minha conduta e a do governo federal”, escreveu o ministro (leia a íntegra mais abaixo).
O agora ex-chefe da pasta é investigado pela Polícia Federal em decorrência de uma série de reportagens dos jornais O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e O Globo que denunciaram a existência de um “gabinete paralelo” formado por pastores, que controlariam a liberação de verbas e a agenda do Ministério da Educação (MEC).